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AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO: AS JUVENTUDES EM UM CONTEXTO DE PRECARIZAÇÃO

O objetivo deste artigo é refletir sobre a forma como o trabalho vem se modificando a partir da disseminação da valorização do empreendedorismo, do trabalho flexível e da autorresponsabilização do trabalhador. O neoliberalismo, nova roupagem do capitalismo, tem como principais sintomas o agravamento do desemprego estrutural, bem como a precarização dos postos de trabalho formais que restam e, ainda assim, esses vêm sendo prejudicados por uma lógica social, política e financeira onde a oportunidade igual a todos é apenas uma alegoria retórica. Há, como consequência, um nivelamento por baixo da condição de vida das pessoas, refletida na oferta de postos de trabalho e na formação destinada à classe trabalhadora. Um novo tipo de trabalhador colaborador, flexível e empreendedor é demandado. Eles devem ser polivalentes e conformados, saber trabalhar em equipe e ter “cultura de dono”, serem adaptáveis, resilientes e aceitarem ser facilmente admitidos e demitidos, conforme as demandas de um mercado em constante crise. O presente trabalho é um recorte das dissertações em andamento de Mestrado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação: Processos Formativos e Desigualdades Sociais das autoras – realizado na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP -UERJ). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, que busca analisar os dados de indicadores sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e a pesquisa divulgada em 2023 pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP sobre o perfil de entregadores e motoristas de aplicativos. Conclui-se que as novas formas de trabalho cada vez mais precarizadas afetam diretamente as juventudes de camadas mais empobrecidas, uma vez que o cenário de desemprego e subemprego não dão outra alternativa a não ser se render a este mecanismo predatório.
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AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO: AS JUVENTUDES EM UM CONTEXTO DE PRECARIZAÇÃO

  • DOI: : https://doi.org/10.22533/at.ed.8178112530051

  • Palavras-chave: Neoliberalismo; Uberização; Empreendedorismo.

  • Keywords: Neoliberalism; Uberization; Entrepreneurship.

  • Abstract: The aim of this article is to reflect on how work has been changing as a result of the spread of entrepreneurship, flexible work and worker self-responsibility. Neoliberalism, the new guise of capitalism, has as its main symptoms the worsening of structural unemployment, as well as the precariousness of the formal jobs that remain and, even so, these have been harmed by a social, political and financial logic where equal opportunity for all is just a rhetorical allegory. As a result, people's living conditions are being driven down, reflected in the supply of jobs and training for the working class. A new type of collaborative leader, flexible and entrepreneurial, is in demand. They must be multi-skilled and compliant, know how to work in a team and have an “owner culture”, be adaptable, resilient and accept being easily hired and fired, according to the demands of a market in constant crisis. This paper is an excerpt from the dissertations in progress for a Master's degree in Education from the authors' Mestrado em Educação - Programa Processos Formativos e Desigualdades Sociais da Faculdade de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP-UERJ). This is a bibliographical and documentary study, which seeks to analyze data on social indicators from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), and the research carried out by the University of Rio de Janeiro (UERJ).

  • Mariah Lima Alcantara de Vasconcellos
  • Cintia Lopes de Melo Rodrigues
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